segunda-feira, 12 de abril de 2010

Leucemia Mielóide Crônica - LMC

A Leucemia Mielóide Crônica (LMC) é uma doença da célula tronco do sangue. Em geral tem um comportamento lento e gradual. Sua incidência aumenta com a idade. Não é raro encontrarmos pacientes assintomáticos em que a investigação do diagnóstico se inicia por um hemograma de rotina alterado pelo aumento de leucócitos. Entretanto, podemos encontrar sintomas como: fraqueza, febre, emagrecimento, suor excessivo; no exame físico é comum ao médico encontrar aumento do baço na palpação do abdome.

A LMC apresenta-se em três fases evolutivas: fase crônica, acelerada e blástica.

Na sua forma crônica, forma mais comum do diagnóstico, encontramos aumento do número de leucócitos mielóides em todos os seus estágios de diferenciação: segmentados, bastões, metamielócitos, mielócitos, promielócitos e mieloblastos; na Fase Acelerada e Blástica o paciente apresenta sintomas e são classificadas como tal a partir da porcentagem de blastos, basófilos, tamanho do baço e alterações citognéticas outras.

O diagnóstico da LMC é feito através da realização de mielograma, citogenética (cariótipo) e/ou a pesquisa molecular da fusão dos genes BCR/ABL. A confirmação diagnóstica é feita com a presença do cromossomo Philadelphia caracterizada pela translocação do cromossomo 9 com o 22, t(9;22). É possível também a utilização do exame FISH com sonda específica para t(9;22).






No vídeo acima, falado inglês, é explicado o desenvolvimento da doença através da translocação o cromossomo 9 com o 22. A translocação destes cromossomos em sítios específicos denomina-se o Cromossomo Philadelphia. Além disto o vídeo se compromete a relatar sintomas como: anemia, emagrecimento não explicado, febre e aumento do baço (localizado no andar superior esquerdo do abdome). Em relação ao tratamento entendo que o vídeo não enfoca a principal terapia atual definida como terapia molecular baseada nos inibidores de tirosinoquinases.




Deixo claro que o objetivo destes textos é apenas informar, cabe ao médico que o atende definir a melhor consuta para cada caso, pois nem sempre para certos casos a conduta padrão é a ideal.


Dr. Marcelo Bellesso

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