sábado, 29 de maio de 2010

Transplante de Medula Óssea e Linfoma não-Hodgkin

Existem várias situações em que os pacientes com linfoma não-Hodgkin (LNH) são submetidos ao transplante de medula óssea. Há vários fatores que influenciam o médico a indicar ou descartar esta forma de tratamento são elas: idade, disfunções orgânicas, grau de resposta a quimioterapia entre outras.

Estas decisões são complexas, pois o Transplante de Medula Óssea é um procedimento agressivo e a análise do risco x benefício está sempre em questão.

A indicação com maior evidência científica de Transplante de Medula Óssea Autólogo (AUTO-TMO) no LNH agressivo é quando há a situação de recidiva, ou seja, retorno da doença após o término do tratamento. Nesta situação é indicado quimioterapia de resgate e nos casos que apresentam resposta à quimioterapia de resgate há benefício consolidar este tratamento com AUTO-TMO.



Esta indicação já é conhecida há mais de 10 anos com a publicação do estudo europeu, chamado Estudo PARMA. É importante salientar que neste estudo com 215 pacientes o limite de idade era 18 a 60 anos, além de outros critérios de exclusão como: recidiva no sistema nervoso central e medula óssea. Portanto, nem todo paciente com LNH recidivado tem forte indicação para o AUTO-TMO. Assim, sempre discuta a indicação com seu médico, as evidências científicas deste procedimento e os riscos versus benefícios.

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