Muitas vezes conversamos com os pacientes sobre os limites de detecção de um exame para um determinado diagnóstico, como também a capacidade de um exame definir como negativo uma pessoa saudável.
Este conceito é importante, pois cada exame, ou melhor, teste diagnóstico tem limites. Na teoria seria ideal haver um teste que fosse positivo detectando um determinado tipo de doença em 100% dos doentes e excluindo, como negativo, 100% das pessoas saudáveis, ou seja, não doentes. Portanto, com taxas de falso negativo e falso positivo igual a zero.
O exemplo abaixo é simplificado, entretanto ilustrativo sobre o conceito de sensibilidade e especificidade.
A ilustração abaixo tem como intenção encontrar o Wally, vamos fazer uma correlação Wally versus presença de um tumor.
Imagine que você leitor seja míope e que utilize óculos rotineiramente. Entendo que já é difícil encontrar a figura da personagem Wally com o óculos. Caso o retirasse, a capacidade de encontrar o Wally na figura diminuiria drasticamente, reduzindo assim a sensibilidade. Além disso, a capacidade de descartar a personagem do Wally quando se vê uma figura humana também seria reduzida, diminuindo a especificidade.
Portanto em todo teste diagnóstico há limites, conhecidos como sensibilidade e especificidade.
Sensibilidade é a capacidade de um teste ser positivo na presença da doença.
Especificidade é a capacidade de um teste ser negativo em indivíduos sem doença.
Assim, todos os exames laboratoriais e de imagem têm seus limites, pois há situações em que a intensidade da doença é tão diminuída que não é detectável e assim após o tratamento estas células voltam a crescer tornando-se detectáveis e assim constatando a recidiva.
O exemplo abaixo ilustra a mesma ilustração agora com maior quantidade das personagens Wally. Verifique como a sensibilidade e especificidade aumenta.
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