sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Exagero ou eficiência?

Foi publicado no caderno Cotidiano da Folha de São Paulo do dia 11 de agosto de 2010 o seguinte artigo com título “Pandemia de Gripe H1N1 chega ao fim”.

Este artigo relata que a Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou que a gripe Influenza A H1N1 encontra-se no estágio pós-pandemia. Esta conclusão é decorrente à queda do número de casos em boa parte da população mundial. Isto significa que provavelmente à imunidade (defesa) contra o vírus presente na maioria da população mundial foi promovida pela contaminação ou pela vacinação.

Entende-se que foram três principais fatores responsáveis para esta boa notícia.

1- o vírus não sofreu mutação

2- não foi (na maioria dos casos) resistente ao oseltamivir (remédio utilizado)

3- vacinação foi compatível e eficaz para o vírus circulante.

Provavelmente nunca saberemos se as medidas tomadas pelos epidemiologistas foram exageradas ou não. O artigo relata que do ponto de vista técnico os critérios são justificáveis, pois não teria razão aguardar cálculos epidemiológicos de letalidade e prevalência, pois isto levaria meses para uma conclusão e tomadas de ações.

Entendo que a notícia deve ser compreendida como um sucesso mundial, pois as organizações de saúde foram rápidas para velocidade de reconhecimento do vírus, na preparação e distribuição de “kits” diagnósticos de forma global, muitos diagnósticos realizados, análises de dados epidemiológicos pela OMS, reconhecimento dos riscos de mortalidade, divulgação e publicação de artigos científicos para atualização dos médicos, elaboração de vacina, disponibilidade de medicação para as pessoas de alto risco e conscientização da população através de medidas de prevenção em relação à transmissão da doença.

Assim, a fotografia atual demonstra uma boa notícia, mas é preciso cautela, pois novos surtos com outros vírus provavelmente surgirão. O importante é compreender que as medidas para diminuir a transmissão do vírus devem continuar.


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