É notório evidenciar a repercussão promovida pelo artigo publicado na Folha de São Paulo no último dia 25 de Julho o qual mostrou a taxa de analfabetismo funcional entre pacientes e acompanhantes do ambulatório do Hospital das Clínicas, já foram publicados dois editoriais sobre o assunto. Assim, reforço as considerações que devem ser feitas para interpretação do problema.
A taxa de analfabetismo funcional de 23,5%, definida como Inadequada por ter índice de acertos ≤ 53%, frente a perguntas simples contidas no instrumento chamado “Test of Functional Health Literacy in Adults” (TOFHLA), merece considerações que não remetem à rotina clínica.
Cartaz do filme Preciosa, filme norte-americano de uma triste história de Claireece Preciosa Jones que sofre inúmeras privações e abusos. Um tópico do filme é o analfabetismo funcional.
Primeiramente, o texto lido por acompanhantes e pacientes foram impressos em letras de forma. Forma não rotineira na prática clínica em que impera a caligrafia médica. Segundo fator, deve-se a maioria das pessoas estudadas, cerca de 208 (66%), relataram ter escolaridade superior ou igual a 8 anos. Isto representa a realidade brasileira? É importante esta consideração, pois na discussão do artigo os autores ressalvam, que o mesmo teste foi aplicado nos EUA e a taxa de analfabetismo funcional foi de 33%. A justificativa para este dado elevado norte-americano foi a maior proporção de idosos relacionados ao analfabetismo funcional e porque na amostra brasileira estudada havia maior prevalência de pessoas com escolaridade superior a 12 anos.
Embora os dados mereçam ser ampliados para um estudo nacional, apontam nossas principais deficiências que vivem interligadas: educação e saúde, não necessariamente na mesma ordem.
o filme é chocante, como o numero de pessoas analfabetas ou sem nenhuma criticidade.....
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